domingo, 7 de julho de 2013

Já Leu? - #2 La Vie en Close – Paulo Leminski

É com o poema La Vie em Close que se faz a capa da obra de Leminski. Com elementos concretistas, movimento e com espaço pra paródia (música de Edith Piaf), se mostra que há consciência da finitude humana e que a transitoriedade da vida é algo inexorável ao ser humano.
A partir de uma publicação de poemas na revista "Invenção", parte integrante do movimento do concretismo, sua ligação a esse movimento não se desvinculou mais. Os concretistas divulgavam a ideia de que a dimensão formal da poesia deveria ser objeto de constante pesquisa e exploração. A criação poética tinha de possuir um padrão formal para que a exploração dos recursos visuais, verbais e sonoros fosse aproveitada ao máximo. 
Leminski busca utilizar os recursos da linguagem como a melopéia (sonoridade) através de aliterações, rimas, trocadilhos... Além disso, a fanopéia (visualidade) dos poemas (a relação da palavra com a imagem) e a exploração da palavra coisa, ou seja, da ideia, da concretização, contruindo haicais (forma poética de origem japonesa, que valoriza a concisão e a objetividade) é marcar registrada na construção dos poemas de La Vie en Close.
A temática variada  - social, política, existencial, metalingüística - encontra suporte ainda em outros traços formais que o autor herda da poesia modernista como a concisão, a irreverência, o humor, a ironia e a coloquialidade.

"O poeta Paulo Leminski sabia que tinha pouco tempo de vida. E foi ao encontro da morte com a mesma vitalidade demonstrada em toda a sua obra. Essas são constatações evidentes neste livro. Leminski demarcou com extrema coragem e lucidez a contagem regressiva de sua própria vida. Vários poemas estão carregados de pistas, algumas diretas, outras camufladas."

Resenha Retirada de Universo Literário




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